Complementando a classificação dos elásticos, a chave para uma peça íntima completa é saber porquê o elástico que será aplicado para uma função é diferente do outro. Por exemplo: um elástico que será aplicado na alça, não será o mesmo que cumprirá o papel de cós ou viés, pois foi desenvolvido considerando sua função (desempenho) como alça.
Para isso é considerado local de aplicação, qual a necessidade da anatomia do corpo, onde na peça é necessário maior alongamento, visando o desempenho total da peça final. O elástico é capaz de, após repetições de alongamento e retração, retornar ao seu comprimento original sem declinar da qualidade, se produzido com fibras de boa qualidade e realizado por profissionais qualificados no segmento, onde técnicas de movimentos são aplicadas na construção do produto.
Se mesmo com os argumentos apresentados, surgir o interesse em aplicar elástico com características específicas para uma função em outro tipo de aplicação, devem-se considerar alterações na modelagem e tecidos, a fim de compensar a elasticidade que será perdida ou recebida em excesso em determinado uso. Um exemplo que utiliza esse método é a marca Bordelle (UK), onde as peças são compostas em sua maioria por elásticos feitos para alça, porém o fato de possuir regulagem em cada tira de fita permite que a peça seja ajustável em cada tipo de corpo, não gerando a tensão localizada como na modelagem padrão.
Trecho retirado do artigo científico:
AVIAMENTOS: FITAS ELÁSTICAS COMO COMPONENTES NA MODA ÍNTIMA FEMININA
Thaís de França Claro¹
Profa. Dra. Heloisa de Sá Nobriga²
¹Designer de Moda — Universidade Anhanguera Vila Mariana — Fitas Elásticas Estrela Ltda. E-mail: thais.claro@estrela.ind.br. http://lattes.cnpq.br/3203900338032321
²Professora e Coordenadora do curso de Moda — Centro Universitário Anhanguera de São Paulo, campus Vila Mariana.
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